Iniciamos a Quaresma dia 22 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, quarenta dias de preparação para a Páscoa do Senhor, e para melhor vivenciarmos esses dias, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos propõe a Campanha da Fraternidade, como meio de praticarmos a Caridade concretamente.
Neste ano, o tema escolhido foi "Fraternidade e Saúde Pública", e o lema "Que a saúde se difunda sobre a Terra" (Eclo 38,8); que nos chama a atenção para o caos na saúde em nosso país.
O Texto Base comenta em seu número 184: “Jesus não tem só poder de curar, mas também de perdoar pecados: ele veio curar o homem inteiro, alma e corpo; é o médico de que necessitamos doentes. Sua
compaixão para com todos aqueles que sofrem é tão grande que ele se identifica com eles: “estive doente e me visitaste”(Mt 25,36). Seu amor de predileção pelos enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção toda especial dos cristãos para com todos os que sofrem no corpo e na alma. Esse amor está naorigem dos incansáveis esforços para aliviá-los”.
Tomemos apartir deste apelo de Deus por meio desta Campanha da Fraternidade, as atitudes de Jesus, e façamos algo que faça valer a favor dos irmãos e irmãos que sofrem vítimas de tantas doenças, não só corparais, mas também espirituais, já que Deus deseja a saúde integral de todos nós.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Santo da Semana: São Gabriel de Nossa Senhora das Dores
Festa: 27 de fevereiro
São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!
São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Quarta-feira de Cinzas:
A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia são um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos ou quarenta e seis dias contando os domingos. Seu posicionamento no calendário varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. A data pode variar do começo de fevereiro até à segunda semana de março.
Alguns cristãos tratam a quarta-feira de cinzas como um dia para se lembrar a mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas pelo padre que preside à cerimónia. O padre marca a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o cristão normalmente deixa em sua testa até ao pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia). No Catolicismo Romano é um dia de jejum e abstinência.
Uma Santa quaresma a todos!
Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos ou quarenta e seis dias contando os domingos. Seu posicionamento no calendário varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. A data pode variar do começo de fevereiro até à segunda semana de março.
Alguns cristãos tratam a quarta-feira de cinzas como um dia para se lembrar a mortalidade. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas pelo padre que preside à cerimónia. O padre marca a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o cristão normalmente deixa em sua testa até ao pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia). No Catolicismo Romano é um dia de jejum e abstinência.
Uma Santa quaresma a todos!
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Santo da Semana: Beatos Jacinta e Francisco
Festa: 20 de fevereiro
Beatos Jacinta e Francisco, rogai por nós!
Beatos Jacinta e Francisco, rogai por nós!
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Mensagem do papa para o Dia Mundial do Enfermo 2012
Queridos irmãos e irmãs,
Por ocasião do Dia Mundial do enfermo, que celebraremos no próximo dia 11 de fevereiro de 2012, memória da beata Virgem de Lourdes, desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os enfermos que se encontram nos locais de reabilitação e são acolhidos nas famílias, exprimindo a cada um a solicitude e afeto de toda a Igreja. Na colhida generosa e amorosa de toda vida humana, sobretudo daquela fraca e e doente, o cristão exprime um aspecto importante do próprio testemunho evangélico, sob o exemplo de Cristo, que inclinou-se sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para curá-lo.
Neste ano, que constitui a preparação mais próxima do solene Dia Mundial do enfermo que se celebrará na Alemanha no dia 11 de fevereiro de 2013 e que se deterá sobre a emblemática figura evangélica do samaritano (Lc 10, 29-37), gostaria de destacar os Sacramentos da Cura, isto é, o sacramentos da penitência e da reconciliação e da unção dos enfermos, que possuem seus naturais cumprimentos na comunhão eucarística.
O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de São Lucas (Lc 17, 11-19), em particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou!” (v.19), ajudam a tomar consciência da importância da fé daqueles que, agravados pelo sofrimento e pela doença, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele podem experimentar realmente que quem crê não está nunca sozinho. Deus, de fato, no seu Filho, não nos abandona em nossas angústias e sofrimentos, mas nos é próximo, nos ajuda a leva-los e deseja curar no profundo o nosso coração (Mc 2, 1-12).
A fé daquele único leproso que, vendo-se curado, cheio de admiração e alegria, diferente dos outros, retorna imediatamente a Jesus para manifestar o próprio reconhecimento, demonstra que a saúde reconquistada é sinal de algo mais precioso que a simples cura física, é sinal da salvação que Deus nos doa através de Cristo; a mesma encontra expressão nas palavras de Jesus: a tua fé te salvou. Quem, no próprio sofrimento e doença invoca o Senhor é certo que o Seu Amor não nos abandona nunca, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da sua obra salvífica, não deixa de ser manifestado. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela assim a importância que o homem na sua integralidade de alma e corpo representa para o Senhor. Todo Sacramento exprime e atua a proximidade de Deus, o qual, em modo absolutamente gratuito nos toca por meio das realidades materiais, que Ele assume ao seu serviço, fazendo disso instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo (Homilia Santa Missa do Crisma, 1 de abril de 2010). “A unidade entre criação e redenção se tornam visíveis. Os Sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé que abraça corpo e alma, o homem inteiro” (Homilia Santa Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)
A missão principal da Igreja é certamente o anúncio do Reino de Deus, 'mas exatamente esse anúncio deve ser um processo de cura', enfaixar as chagas dos corações partidos (Is61,1), segundo o encargo confiado por Jesus aos seus discípulos. (Luc 9, 1-2; Mt 10,1.5-14; Mc 6, 7-13. O binômio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma nos ajuda, portanto, a compreender melhor os Sacramentos da cura.
O Sacramento da Penitência já esteve por diversas vezes no centro das reflexões dos Pastores da Igreja, exatamente por causa da grande importância no caminho da vida cristã, a partir do momento que todo o valor da Penitencia consiste no restituir-nos à graça de Deus unindo-nos a Ele em íntima e grande amizade (Catecismo da Igreja Católica, 1468). A Igreja, continuando o anúncio do perdão e da reconciliação ressoado por Jesus, não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho. Esse é o apelo do apóstolo Paulo: “Em nome de Cristo, sejamos embaixadores: através de nós é o próprio Deus que exorta. Vos suplicamos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus (2Cor 5,20). Jesus, na sua vida, anuncia e torna presente a misericórdia do Pai. Ele veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, para dar esperança também na escuridão mais profunda do sofrimento e do pecado, para doar a vida eterna; assim no Sacramento da Penitência, no remédio da confissão, a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma (João Paulo II, na Exortação Apost. Pós Sinodal reconciliação e Penitência, 31)
Deus, rico em misericórdia (Ef 2,4), como o pai na parábola evangélica (Lc 15, 11-32), não fecha o coração a nenhum dos seus filhos, mas os espera, os procura, os atinge onde a rejeição da comunhão aprisiona no isolamento e no desespero, pode transformar-se assim em tempo de graça para entrar em si mesmos, e como o filho prodigo da parábola, repensar na própria vida, reconhecendo os erros e faltas, sentir a saudade do abraço do Pai e repercorrer o caminho em direção à sua Casa. Ele, no seu grande amor, sempre olha nossa existência e nos espera para oferecer a cada filho que volta para Ele, o dom da plena reconciliação e da alegria.
Pela leitura dos Evangelhos, emerge clamaramente como jesus tenha mostrado particular atenção aos enfermos. Ele não somente inviou os discípulos a curar-lhes as feridas (Mt 10, 8; Luc 9,2; 10,9), mas também instituiu para eles um sacramento específico: a Unção dos Enfermos. A carta a Tiago, atesta a presença desse gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (5, 14-16): com a Unção dos enfermos, acompanhada pela oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os enfermos ao Senhor sofredor e glorificado, a fim que alivie suas penas e os salve, e ainda os exorta a unirem-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir ao bem do Povo de Deus.
Tal Sacramento nos leva a contemplar o dúplice mistério do Monte das Oliveiras, onde Jesus se encontrou dramaticamente diante da via indicada pelo Pai, aquela da Paixão, do supremo ato de Amor, e a acolheu. Naquela hora de prova, Ele é o mediador, transportando em si, assumindo em si o sofrimento e a paixão do mundo, transformando-a em grito em direção a Deus, levando-a diante dos olhos e nas mãos de Deus, e assim, levando-a realmente ao momento da redenção (Lectio Divina, Encontro com o Clero de Roma, 18 de fevereiro de 2010). Mas o orto das oliveiras é também o lugar do qual Ele elevou-se ao Pai, e é também o lugar da redenção. Este dúplice Mistério do Monte das Oliveiras é também sempre ativo no óleo sacramental da Igreja, sinal da bondade de Deus que nos toca (Homilia, Santa Missa do Crisma, 1 de abril de 2010). Na unção dos enfermos, a matéria sacramental do óleo nos vem oferecida, por assim dizer, como remédio de Deus, que agora nos torna certos da sua bondade, nos deve reforçar e consolar, mas que, ao mesmo tempo, além do momento da doença, nos traz a cura definitiva, a ressurreição (Tiag 5, 14)
Esse Sacramento merece hoje uma maior consideração, seja na reflexão teológica, seja na ação pastoral junto aos doentes. Valorizando os conteúdos da oração litúrgica que se adaptam às diversas situações humanas ligadas à doença e não somente quando se está no fim da vida (Catecismo da Igreja Católica, 1514), a unção dos enfermos não deve ser tida como um 'sacramento menor' em relação aos outros. A atenção e o cuidado pastoral em relação aos enfermos, se de um lado é sinal da ternura de Deus para quem está no sofrimento, por outro lado traz vantagem espiritual também aos sacerdotes e à toda a comunidade cristã, na consciência que quando algo é feito ao mais pequeno, é feito ao próprio Jesus (Mat 25,40).
A propósito dos Sacramentos da Cura, Santo Agostinho afirma: “Deus cura todas as suas enfermidades. Não temais portanto: todas as suas enfermidades serão curadas. Tu deves somente permitir que Ele te cure e não deves rejeitar as suas mãos” (Exposição sobre o Salmo 102). Se trata de meios preciosos da Graça de Deus, que ajudam o enfermo a conformar-se sempre mais plenamente com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Junto a esses dois sacramentos, gostaria de sublinhar a importância da Eucaristia. Recebida no momento da doença, contribui em maneira singular, a operar tal transformação, associando quem se nutre do Corpo e do Sangue de Jesus à oferta que Ele fez de Si mesmo ao Pai para a salvação de todos. Toda a comunidade eclesial e as comunidades paroquiais em particular, prestem atenção em assegurar a proximidade com frequência da comunhão sacramental a aqueles que, por motivos de saúde e de idade, não podem chegar aos locais de culto. Em tal modo, a estes irmãos e irmãs será oferecida a possibilidade de reforçar o relacionamento com Cristo crucificado e ressuscitado, participando, com a vida oferecida por amor de Cristo, à própria missão da Igreja. Nesta prospectiva, é importante que os sacerdotes que prestam suas delicadas obras nos hospitais, nas casas de reabilitação e junto às habitações do doentes, se sintam verdadeiros ministros dos enfermos, sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve chegar a cada homem marcado pelo sofrimento (Mensagem para a XVIII Dia Mundial dos Doentes, 22 de novembro de 2009).
A conformação ao Mistério pascal de Cristo realizada também mediante a prática da Comunhão espiritual, assume um significado particular quando a Eucaristia é ministrada e acolhida como viático. Naquele momento da existência ressoam em modo ainda mais incisivo as palavras do Senhor: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6,54). A Eucaristia, de fato, sobretudo como viático é, segundo a definição de Santo Inácio de Antioquia, remédio de imortalidade, antídoto contra a morte, sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo ao Pai, que a todos espera na Jerusalém celeste.
O tema desta mensagem para a 20ª Dia Mundial do enfermo, “Levanta-te e vai, a tua fé te salvou”, olha também para o próximo 'Ano da fé” que iniciará em 11 de outubro de 2012, ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé, para aprofundar os conteúdos e para testemunhá-la na vida de cada dia. (Carta Apostólica Porta da fé, 11 de outubro de 2011). Desejo encorajar os doentes e sofredores a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, pela oração pessoal e pelos Sacramentos, enquanto convido os Pastores a serem sempre mais disponíveis para as celebrações aos enfermos. Sob o exemplo do Bom pastor e como guias do rebanho confiado a Eles, os sacerdotes sejam cheios de alegria, atenciosos com os mais fracos, os simples, os pecadores, manifestando a infinita misericórdia de Deus com as palavras seguras da esperança (Santo Agostinho, carta 95)
A todos os que trabalham no mundo da saúde, como também as famílias que nos próprios parentes veêm o rosto sofrido do Senhor Jesus, renovo o meu agradecimento e da Igreja, porque, na competência profissional e no silencio, mesmo sem proferir o nome de Cristo, o manifestam concretamente (Homilia, Santa Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)
A Maria, Mãe da Misericórdia e saúde dos enfermos, elevamos o nosso olhar confiante e a nossa oração, à sua materna compaixão, vivida ao lado do Filho que morria na cruz, acompanhe e sustente a fé e a esperança de cada pessoa doente e sofrida no caminho da cura das feridas do corpo de do Espirito.
A todos asseguro a minha recordação na oração, enquanto dirijo a cada um uma especial benção apostólica.
Neste ano, que constitui a preparação mais próxima do solene Dia Mundial do enfermo que se celebrará na Alemanha no dia 11 de fevereiro de 2013 e que se deterá sobre a emblemática figura evangélica do samaritano (Lc 10, 29-37), gostaria de destacar os Sacramentos da Cura, isto é, o sacramentos da penitência e da reconciliação e da unção dos enfermos, que possuem seus naturais cumprimentos na comunhão eucarística.
O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de São Lucas (Lc 17, 11-19), em particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou!” (v.19), ajudam a tomar consciência da importância da fé daqueles que, agravados pelo sofrimento e pela doença, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele podem experimentar realmente que quem crê não está nunca sozinho. Deus, de fato, no seu Filho, não nos abandona em nossas angústias e sofrimentos, mas nos é próximo, nos ajuda a leva-los e deseja curar no profundo o nosso coração (Mc 2, 1-12).
A fé daquele único leproso que, vendo-se curado, cheio de admiração e alegria, diferente dos outros, retorna imediatamente a Jesus para manifestar o próprio reconhecimento, demonstra que a saúde reconquistada é sinal de algo mais precioso que a simples cura física, é sinal da salvação que Deus nos doa através de Cristo; a mesma encontra expressão nas palavras de Jesus: a tua fé te salvou. Quem, no próprio sofrimento e doença invoca o Senhor é certo que o Seu Amor não nos abandona nunca, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da sua obra salvífica, não deixa de ser manifestado. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela assim a importância que o homem na sua integralidade de alma e corpo representa para o Senhor. Todo Sacramento exprime e atua a proximidade de Deus, o qual, em modo absolutamente gratuito nos toca por meio das realidades materiais, que Ele assume ao seu serviço, fazendo disso instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo (Homilia Santa Missa do Crisma, 1 de abril de 2010). “A unidade entre criação e redenção se tornam visíveis. Os Sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé que abraça corpo e alma, o homem inteiro” (Homilia Santa Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)
A missão principal da Igreja é certamente o anúncio do Reino de Deus, 'mas exatamente esse anúncio deve ser um processo de cura', enfaixar as chagas dos corações partidos (Is61,1), segundo o encargo confiado por Jesus aos seus discípulos. (Luc 9, 1-2; Mt 10,1.5-14; Mc 6, 7-13. O binômio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma nos ajuda, portanto, a compreender melhor os Sacramentos da cura.
O Sacramento da Penitência já esteve por diversas vezes no centro das reflexões dos Pastores da Igreja, exatamente por causa da grande importância no caminho da vida cristã, a partir do momento que todo o valor da Penitencia consiste no restituir-nos à graça de Deus unindo-nos a Ele em íntima e grande amizade (Catecismo da Igreja Católica, 1468). A Igreja, continuando o anúncio do perdão e da reconciliação ressoado por Jesus, não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho. Esse é o apelo do apóstolo Paulo: “Em nome de Cristo, sejamos embaixadores: através de nós é o próprio Deus que exorta. Vos suplicamos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus (2Cor 5,20). Jesus, na sua vida, anuncia e torna presente a misericórdia do Pai. Ele veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, para dar esperança também na escuridão mais profunda do sofrimento e do pecado, para doar a vida eterna; assim no Sacramento da Penitência, no remédio da confissão, a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma (João Paulo II, na Exortação Apost. Pós Sinodal reconciliação e Penitência, 31)
Deus, rico em misericórdia (Ef 2,4), como o pai na parábola evangélica (Lc 15, 11-32), não fecha o coração a nenhum dos seus filhos, mas os espera, os procura, os atinge onde a rejeição da comunhão aprisiona no isolamento e no desespero, pode transformar-se assim em tempo de graça para entrar em si mesmos, e como o filho prodigo da parábola, repensar na própria vida, reconhecendo os erros e faltas, sentir a saudade do abraço do Pai e repercorrer o caminho em direção à sua Casa. Ele, no seu grande amor, sempre olha nossa existência e nos espera para oferecer a cada filho que volta para Ele, o dom da plena reconciliação e da alegria.
Pela leitura dos Evangelhos, emerge clamaramente como jesus tenha mostrado particular atenção aos enfermos. Ele não somente inviou os discípulos a curar-lhes as feridas (Mt 10, 8; Luc 9,2; 10,9), mas também instituiu para eles um sacramento específico: a Unção dos Enfermos. A carta a Tiago, atesta a presença desse gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (5, 14-16): com a Unção dos enfermos, acompanhada pela oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os enfermos ao Senhor sofredor e glorificado, a fim que alivie suas penas e os salve, e ainda os exorta a unirem-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir ao bem do Povo de Deus.
Tal Sacramento nos leva a contemplar o dúplice mistério do Monte das Oliveiras, onde Jesus se encontrou dramaticamente diante da via indicada pelo Pai, aquela da Paixão, do supremo ato de Amor, e a acolheu. Naquela hora de prova, Ele é o mediador, transportando em si, assumindo em si o sofrimento e a paixão do mundo, transformando-a em grito em direção a Deus, levando-a diante dos olhos e nas mãos de Deus, e assim, levando-a realmente ao momento da redenção (Lectio Divina, Encontro com o Clero de Roma, 18 de fevereiro de 2010). Mas o orto das oliveiras é também o lugar do qual Ele elevou-se ao Pai, e é também o lugar da redenção. Este dúplice Mistério do Monte das Oliveiras é também sempre ativo no óleo sacramental da Igreja, sinal da bondade de Deus que nos toca (Homilia, Santa Missa do Crisma, 1 de abril de 2010). Na unção dos enfermos, a matéria sacramental do óleo nos vem oferecida, por assim dizer, como remédio de Deus, que agora nos torna certos da sua bondade, nos deve reforçar e consolar, mas que, ao mesmo tempo, além do momento da doença, nos traz a cura definitiva, a ressurreição (Tiag 5, 14)
Esse Sacramento merece hoje uma maior consideração, seja na reflexão teológica, seja na ação pastoral junto aos doentes. Valorizando os conteúdos da oração litúrgica que se adaptam às diversas situações humanas ligadas à doença e não somente quando se está no fim da vida (Catecismo da Igreja Católica, 1514), a unção dos enfermos não deve ser tida como um 'sacramento menor' em relação aos outros. A atenção e o cuidado pastoral em relação aos enfermos, se de um lado é sinal da ternura de Deus para quem está no sofrimento, por outro lado traz vantagem espiritual também aos sacerdotes e à toda a comunidade cristã, na consciência que quando algo é feito ao mais pequeno, é feito ao próprio Jesus (Mat 25,40).
A propósito dos Sacramentos da Cura, Santo Agostinho afirma: “Deus cura todas as suas enfermidades. Não temais portanto: todas as suas enfermidades serão curadas. Tu deves somente permitir que Ele te cure e não deves rejeitar as suas mãos” (Exposição sobre o Salmo 102). Se trata de meios preciosos da Graça de Deus, que ajudam o enfermo a conformar-se sempre mais plenamente com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Junto a esses dois sacramentos, gostaria de sublinhar a importância da Eucaristia. Recebida no momento da doença, contribui em maneira singular, a operar tal transformação, associando quem se nutre do Corpo e do Sangue de Jesus à oferta que Ele fez de Si mesmo ao Pai para a salvação de todos. Toda a comunidade eclesial e as comunidades paroquiais em particular, prestem atenção em assegurar a proximidade com frequência da comunhão sacramental a aqueles que, por motivos de saúde e de idade, não podem chegar aos locais de culto. Em tal modo, a estes irmãos e irmãs será oferecida a possibilidade de reforçar o relacionamento com Cristo crucificado e ressuscitado, participando, com a vida oferecida por amor de Cristo, à própria missão da Igreja. Nesta prospectiva, é importante que os sacerdotes que prestam suas delicadas obras nos hospitais, nas casas de reabilitação e junto às habitações do doentes, se sintam verdadeiros ministros dos enfermos, sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve chegar a cada homem marcado pelo sofrimento (Mensagem para a XVIII Dia Mundial dos Doentes, 22 de novembro de 2009).
A conformação ao Mistério pascal de Cristo realizada também mediante a prática da Comunhão espiritual, assume um significado particular quando a Eucaristia é ministrada e acolhida como viático. Naquele momento da existência ressoam em modo ainda mais incisivo as palavras do Senhor: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6,54). A Eucaristia, de fato, sobretudo como viático é, segundo a definição de Santo Inácio de Antioquia, remédio de imortalidade, antídoto contra a morte, sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo ao Pai, que a todos espera na Jerusalém celeste.
O tema desta mensagem para a 20ª Dia Mundial do enfermo, “Levanta-te e vai, a tua fé te salvou”, olha também para o próximo 'Ano da fé” que iniciará em 11 de outubro de 2012, ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé, para aprofundar os conteúdos e para testemunhá-la na vida de cada dia. (Carta Apostólica Porta da fé, 11 de outubro de 2011). Desejo encorajar os doentes e sofredores a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, pela oração pessoal e pelos Sacramentos, enquanto convido os Pastores a serem sempre mais disponíveis para as celebrações aos enfermos. Sob o exemplo do Bom pastor e como guias do rebanho confiado a Eles, os sacerdotes sejam cheios de alegria, atenciosos com os mais fracos, os simples, os pecadores, manifestando a infinita misericórdia de Deus com as palavras seguras da esperança (Santo Agostinho, carta 95)
A todos os que trabalham no mundo da saúde, como também as famílias que nos próprios parentes veêm o rosto sofrido do Senhor Jesus, renovo o meu agradecimento e da Igreja, porque, na competência profissional e no silencio, mesmo sem proferir o nome de Cristo, o manifestam concretamente (Homilia, Santa Missa do Crisma, 21 de abril de 2011)
A Maria, Mãe da Misericórdia e saúde dos enfermos, elevamos o nosso olhar confiante e a nossa oração, à sua materna compaixão, vivida ao lado do Filho que morria na cruz, acompanhe e sustente a fé e a esperança de cada pessoa doente e sofrida no caminho da cura das feridas do corpo de do Espirito.
A todos asseguro a minha recordação na oração, enquanto dirijo a cada um uma especial benção apostólica.
Papa Bento XVI
Santo da Semana: São Claúdio de La combiere
Festa: 15 de fevereiro
Nasceu na França, em 1641. Sua mãe, muito cedo, havia profetizado que seu filho seria um santo religioso. Não que isso o forçou, mas ajudou no seu discernimento. Passado um tempo, ele, pertencente e uma família religiosa, pôde fazer este caminho de seguimento a Cristo e entrou para a Companhia de Jesus.
Dado aos estudos, aprofundou-se, lecionou e chegou a superior de um colégio jesuíta. Mas Deus tinha muitos planos para ele. Ele dizia: “Os planos de Deus nunca se realizam senão à custa de grandes sacrifícios” e pôde experimentar essa realidade. Ao ser o confessor do convento de Nossa Senhora da Visitação, conheceu a humilde e serva do Senhor, Margarida Maria Alacoque, que ia recebendo as promessas do Sagrado Coração de Jesus. Ele a orientou muito e pôde se aprofundar também nesta devoção; amor ao coração de Jesus. Amando o Senhor, pôde estar em comunhão também com o sacrifício e com a dor.
Ele mergulhou o seu coração nessa devoção e pôde ajudar a santa, mas, por obediência, teve de ir para Londres onde sofreu incompreensões por parte de cristãos não católicos, ao ponto de calúnias o levarem ao julgamento e à prisão. Só não foi morto por causa da intervenção do rei da França, Luís XIV.
São Cláudio de La Colombiere voltou para o berço da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Com 41 anos, partiu para a glória, como havia profetizado Margarida Maria Alacoque.
O seu testemunho nos mostra que é do coração de Jesus que vem a santidade para o nosso coração.
São Cláudio de La Colombiere, rogai por nós!
Nasceu na França, em 1641. Sua mãe, muito cedo, havia profetizado que seu filho seria um santo religioso. Não que isso o forçou, mas ajudou no seu discernimento. Passado um tempo, ele, pertencente e uma família religiosa, pôde fazer este caminho de seguimento a Cristo e entrou para a Companhia de Jesus.
Dado aos estudos, aprofundou-se, lecionou e chegou a superior de um colégio jesuíta. Mas Deus tinha muitos planos para ele. Ele dizia: “Os planos de Deus nunca se realizam senão à custa de grandes sacrifícios” e pôde experimentar essa realidade. Ao ser o confessor do convento de Nossa Senhora da Visitação, conheceu a humilde e serva do Senhor, Margarida Maria Alacoque, que ia recebendo as promessas do Sagrado Coração de Jesus. Ele a orientou muito e pôde se aprofundar também nesta devoção; amor ao coração de Jesus. Amando o Senhor, pôde estar em comunhão também com o sacrifício e com a dor.
Ele mergulhou o seu coração nessa devoção e pôde ajudar a santa, mas, por obediência, teve de ir para Londres onde sofreu incompreensões por parte de cristãos não católicos, ao ponto de calúnias o levarem ao julgamento e à prisão. Só não foi morto por causa da intervenção do rei da França, Luís XIV.
São Cláudio de La Colombiere voltou para o berço da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Com 41 anos, partiu para a glória, como havia profetizado Margarida Maria Alacoque.
O seu testemunho nos mostra que é do coração de Jesus que vem a santidade para o nosso coração.
São Cláudio de La Colombiere, rogai por nós!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Misericórdia em gotas
"Fica sabendo que quando mortificas em ti a vontade própria, então a Minha vontade reina em ti." (Jesus a Sta. Faustina D. 365)
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Angelus do Papa Bento XVI – 05/02/2012
Boletim da Santa Sé
(Tradução de Nicole Melhado - equipe CN Notícias)
Queridos irmãos e irmãs!
O Evangelho deste domingo nos apresenta Jesus que cura os doentes: primeiro, a sogra de Simão Pedro, que estava de cama com febre e Ele, pegando-a pelas mãos, restaurou-a e a febre baixou; depois todos os doentes de Cafarnaum , testados no corpo, na mente e no espírito, e Ele “curou muitos... e expulsou muitos demônios” (Mc 1,34).
Os quatro Evangelistas concordam ao atestar que a liberação das doenças e enfermidades de cada gênero constitui, junto com a pregação, a principal atividade de Jesus na Sua vida Pública. De fato, os doentes são um sinal da ação do Mal no mundo e no homem, enquanto a cura demonstra que o Reino de Deus está próximo.
Jesus Cristo veio para derrotar o Mal pela raiz e as curas são uma antecipação de Sua vitória, obtida com Sua Morte e Ressurreição. Um dia Jesus disse: “Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos” (Mc 2,17). Nesta circunstância se referia aos pecadores que Ele veio para chamar e salvar.
Permanece verdadeiro, porém, que a doença é uma condição tipicamente humana, na qual experimentamos fortemente que não somos auto-suficientes, mas precisamos dos outros. Neste sentido, podemos dizer, com um paradoxo, que a doença pode ser um momento de saudável para experimentar a atenção dos outros e dar atenção aos outros! Todavia, essa é sempre uma provação, que pode se tornar longa e difícil.
Quando a cura não chega e os sofrimentos se prolongam, podemos permanecer como que esmagados, isolados, e ainda a nossa existência se deprimi e se desumaniza.
Como devemos reagir a este ataque do Mal? Certamente com as curas apropriadas – a medicina nas últimas décadas tem dado grandes passos – mas a Palavra de Deus nos ensina que existe uma atitude decisiva, de base para enfrentar a doença: aquela da fé. Isso repetia sempre Jesus às pessoas que curava: a tua fé te salvou (cfr Mc 5,34-36).
Mesmo diante da morte, a fé pode tornar possível aquilo que humanamente é impossível. Mas fé em quê? No amor de Deus, eis a verdadeira resposta que derrota radicalmente o Mal. Como Jesus enfrentou o Maligno com a força do amor que vinha do Pai, assim também nós podemos enfrentar e vencer a provação da doença tendo o coração mergulhado no amor de Deus.
Todos nós conhecemos pessoas que suportaram sofrimentos terríveis porque Deus dava a elas uma serenidade profunda. Penso no exemplo recente da beata Chiara Badano, atingida, na flor de sua juventude, por uma doença sem cura; quantos lhe faziam visitas e recebiam dela luz e confiança!
Todavia, na enfermidade, todos nós precisamos de calor humano: para confortar uma pessoa doente, mais que palavras, conta a proximidade sincera.
Queridos amigos, no próximo sábado, dia 11 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes, é o Dia Mundial do Enfermo. Façamos também nós como as pessoas dos tempos de Jesus: espiritualmente apresentemos a Ele todos os doentes, confiantes que Ele quer e pode curá-los. E invoquemos a intercessão de Nossa Senhora, especialmente pelas situações de maior sofrimento e abandono. Maria, Saúde dos doentes, rogai por nós!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Misericórdia em Gotas
"O Meu Coração foi movido de grande misericórdia para contigo, Minha filha caríssima, quando te vi retalhada em farrapos da grande dor que sofrias, chorando os teus pecados. Eis que reconheço o teu amor tão puro e sincero … Vejo cada humilhação da tua alma e nada Me passa despercebido." (Jesus a Santa Faustina D.282)
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