domingo, 22 de maio de 2011

Santo da Semana: Santa Maria Madalena de Pazzi

Festa: 25 de maio


Santa Maria  Madalena de Pazzi, filha de pais ilustres, modelo perfeito de vida e   santidade,  nasceu em Florença  no ano de  1566 . No batismo  foi chamada Catarina,  nome que no dia para a entrada no convento foi mudado para  Maria  Madalena.  É uma das eleitas do Senhor, que desde  a  mais tenra infância dera indícios indubitáveis de futura  santidade.  Menina ainda,  achava maior prazer nas visitas à Igreja ou na leitura da vida dos Santos. Apenas tinha sete anos de idade e já começava a fazer  obras de mortificação. Abstinha-se  de frutas, tomava só duas  refeições por dia, fugia dos divertimentos, para ter  mais tempo para ler  os santos livros, principalmente os  que  tratavam da sagrada Paixão e  Morte de Jesus Cristo. Assim se explica o grande amor a Jesus Cristo, que tantas  coisas  maravilhosas lhe operou na vida. Não tendo ainda a idade  exigida, não lhe  era permitido receber a sagrada  Comunhão. O desejo, entretanto, de  receber a Jesus na sagrada Hóstia era-lhe tão grande, que os olhos se  enchiam de  lágrimas, quando via outras pessoas aproximarem-se da santa mesa.  Com dez anos  fez a primeira  comunhão foi indescritível alegria  que recebeu, pela primeira  vez, o Pão dos  Anjos.  Ela mesma afirmou muitas  vezes que o dia  da Primeira  Comunhão tinha sido o mais belo de sua  vida. Logo depois da Primeira Comunhão, se  consagrou a Deus, pelo voto de castidade  perpétua.  
Quando contava  doze anos,  nos seus  exercícios  de mortificações, chegou a usar um hábito grosseiro, e dormir  no chão,  a  por  uma coroa  de espinhos na cabeça e a castigar  por muitos modos o seu delicado corpo, manifestando assim o ardente desejo de  tornar-se cada vez mais semelhante ao Divino Esposo.  Quando diversos jovens se  dirigiram aos pais de Maria, para obter-lhe a mão,  ela pode declarar-lhes: "Já escolhi um Esposo mais nobre, mais rico, ao qual serei fiel até a morte".  Vencidas  muitas dificuldades, Maria conseguiu entrada no convento das Carmelitas em Florença. Após a vestição, se prostrou aos pés da mestra do noviciado e  pediu-lhe que  não a poupasse  em coisa alguma, e a ajudasse  a  adquirir  a  verdadeira  humildade. tendo  recebido o nome de  Maria Madalena, tomou a resolução de  seguir  a  grande Penitente no amor a Jesus Cristo e  na prática de heróicas virtudes. No dia da Santíssima Trindade fez a profissão religiosa com tanto amor, que durante duas horas ficou arrebatada em êxtase.   Estes arrebatamentos repetiram-se extraordinariamente, e Deus se  dignou de  dar à sua serva instruções salutares e  o conhecimento de coisas futuras. O fogo do divino amor às vezes ardia com tanta veemência que, para aliviá-la, era preciso que  lavasse as mãos e  o peito com água fria. Em outras ocasiões, tomava o crucifixo nas mãos e exclamava em voz alta: "Ó  amor!  Ó  amor! Não deixarei nunca de vos amar!" Na festa da Invenção da  Santa Cruz percorreu os  corredores do convento, gritando com toda a força:  " Ó amor!  Quão pouco se vos conhece! Ah! Vinde, vinde ó almas e amai a vosso Deus!"  Desejava ter voz  de  uma força tal, que  fosse  ouvida até os confins do  mundo. Só uma  coisa queria pregar aos  homens:  "Amai a Deus!"  Maior  sofrimento  não lhe podia  ser causado, do que dando  a  notícia  de  Deus ter sido ofendido. Todos  os  dias  oferecia a Deus orações e penitências, pela conversão dos  infiéis  e pecadores, e às Irmãs, pedia, que fizessem o mesmo. Na ânsia de salvar almas, oferecia-se a  Deus para sofrer todas as enfermidades, a morte e  ainda os sofrimentos  do inferno,  se  isto fosse  realizável, sem precisar odiar e amaldiçoar a Deus.  Em certa ocasião disse:  "Se Deus, como  a São Tomás de Aquino, me perguntasse  qual prêmio desejo como recompensa, eu responderia: 'Nada,  a não ser a  salvação das almas'  ". 
Os dias de  Carnaval eram para Maria Madalena dias de penitência, de oração e  de  lágrimas, para aplacar  a  ira de Deus  provocada pelos pecadores.  
Para o corpo era de uma dureza implacável;  não só o castigava, impondo-lhe o cilício, obrigando-o  a  vigílias, mas principalmente o sujeitava a  um jejum rigorosíssimo;  durante  vinte e dois anos teve por único alimento pão e água. 
Não menos provada  foi  sua alma ;  Deus houve por bem mandar-lhe grandes provações. Durante cinco anos sofreu  ininterruptamente  os mais  rudes ataques de pensamento contra a fé, sem que por isso  se tivesse  deixado levar pelo desânimo.  Muitas vezes  se abraçava  coma imagem do crucifixo, implorando a  assistência da graça Divina. Nos últimos  três anos de vida, sofreu diversas enfermidades. Deus permitiu que nas dores ficasse privada  ainda de consolações espirituais. Impossibilitada de andar era forçada a guardar o leito. Via-se então um fato  extraordinário:  quando  era dado o sinal para a Missa ou Comunhão, ela  se levantava, ia ao coro e  assistia a Missa  toda. De volta  para a cela, caía de novo na prostração e imobilidade.  Quando lhe aconselharam  abster-se da  Comunhão,  declarou ser-lhe impossível, sem o conforte deste  Sacramento, suportar as dores.  No meio dos sofrimentos,  o seu único desejo era: "Sofrer, não morrer".  Ao confessor, que lhe falou da probabilidade de  um fim próximo dos  sofrimentos,  ela respondeu: "Não, meu padre, não desejo ter este consolo, desejo poder  sofrer  até o fim de minha vida". 
Quando os médicos lhe comunicaram a proximidade  da  morte, Maria Madalena recebeu os  sacramentos da Extrema Unção e  do Viático com uma fé, que comoveu a todos que estavam presentes. como se fosse  grande pecadora, pediu a  todas as Irmãs perdão de suas faltas.  O dia  25 de maio de  1607 libertou-lhe a alma do cárcere  do  corpo. Deus  glorificou-a  logo, por um grande milagre.  O corpo macerado pelas  contínuas penitências, doenças, jejuns  e disciplinas, rejuvenesceu, exalava um perfume delicioso, que enchia toda a  casa.  Cinqüenta e seis anos depois, em 1663, quando se  lhe abriu o túmulo, foi-lhe encontrado o corpo sem o menor sinal de decomposição, percebendo-se  ainda o celeste perfume.  Beatificada  em 1626 pelo Papa Urbano VIII, foi inserta no catálogo dos Santos em 1669, pelo Papa Clemente IX.  

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